quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Cresce oportunidades no mercado de TI

Segundo a matéria Conheça o mapa do emprego do mercado de tecnologia escrita por Andrea Giardino, da Computerworld e publicada em 28/08/2009, a área de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil foi a menos afetada pela crise mundial comparando com o setor da indústria que segue demitindo continuamente.
Andrea Giardino cita: “De acordo com levantamento feito pela Computerworld entre as empresas entrevistadas, há quase de 1,5 mil oportunidades abertas, a maioria em São Paulo. Mesmo com o congelamento ou adiamento de projetos, sobram ainda muitas vagas no mercado, que ainda é refém da defasagem na oferta de profissionais qualificados.”
Ela complementa com os dados da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a respeito do aumento do déficit de mão-de-obra que chega ao patamar de 100 mil pessoas. Ou seja, enquanto o número de vagas oferecidas pelas companhias em 2008 cresceu 6,5%, a oferta de profissionais não ultrapassou a casa dos 4%.
As empresas tendem a procurar reduzir processos e conseqüentemente os seus custos e isso traz um fôlego para a área de TI. Ferramentas de gestão ERP, CRM e BI são as mais procuradas pelas empresas para alcançar a redução. Por conseqüência, presenciamos um crescimento na procura de mão-de-obra especializada, principalmente analistas de negócio, programadores e funcionais da aplicação.
Andrea Giardino cita: “... os empregos concentram-se nas consultorias e na própria indústria de TI, que luta para driblar a falta de profissionais com boa formação e experiência.”
Ela complementa: “... a grande procura tem sido por especialistas em sistemas integrados (SAP, Datasul e Microsiga) e desenvolvedores nas linguagens de programação Java e .Net. Os especialistas em ERP são muito disputados porque não há recursos humanos suficientes para atender à quantidade de projetos que surgem.”
Realmente, a escassez de profissionais especialista em ERP infla os salários, pois isso não foge da lei da oferta e da procura. Conseqüentemente, reduz o nível de exigências na contratação.
Contudo, outros segmentos de TI, onde está saturado de profissionais, tendem a oferecer um salário muito baixo, independente da experiência e da bagagem do profissional. Este profissional é mais cobrado, ter uma certificação já não é mais um diferencial, mas sim uma obrigatoriedade.
Acredito que a maior dificuldade encontrada pelas consultorias é encontrar profissionais especialistas que se submeta a trabalhar por um valor abaixo da realidade do mercado. Pois, o que presenciamos são consultorias aproveitando da crise mundial para selecionar profissionais com perfil de Pleno para pagar como especialista Junior. Não que isso seja uma regra, mas conversando com alguns amigos que atuam na área isto está acontecendo e muito.
Também é importante lembrar que cada oportunidade requer um perfil, portanto, os pré-requisitos para cada vaga variam muito. Segundo Flávia Garbo, existem alguns motivos freqüentes pelos quais os candidatos perdem oportunidades:

Expectativa salarial incompatível: Se o candidato quer um salário maior do que a empresa tem a oferecer, o empregador pode sentir-se inseguro em contratar porque pode achar que o profissional se desligará na primeira oferta melhor. E, em contrapartida, se o candidato pede um salário muito aquém do que a empresa tem a oferecer, pode dar a impressão que não tem o nível necessário para desempenhar a função.

Empatia com o contratante: A afinidade entre o candidato e o contratante que pode ser sentida logo num primeiro contato ainda é fator importante para facilitar ou não a conquista de uma oportunidade.

Experiência anterior incompatível: Essa é uma questão clássica e, até mesmo, óbvia. Quem tem uma experiência similar à proposta certamente tem mais chances de conseguir a vaga.

Idade acima de 40 anos: E o fato de muitos contratantes não dizerem isso claramente – primeiro porque pode ser considerado discriminação e segundo porque não é politicamente correto e compromete a imagem da empresa – não quer dizer que este “pré-requisito” não exista.

Apresentação: O que a pessoa veste para participar do processo compõe a sua imagem, e não dá para passar a imagem de um executivo eficiente de tênis e moletom.

Escolaridade incompatível: Foi-se o tempo em que a graduação atendia. Hoje, o mínimo que se espera é uma especialização na área de atuação.

Utilização incorreta da língua portuguesa: Poucos são os que conhecem bem a língua portuguesa, mas não precisa ser um especialista para usá-la corretamente. Erros de concordância verbal, uso de gírias e até mesmo de palavras de baixo calão, comprometem seriamente a imagem do candidato e, na maioria das vezes, o tira do processo seletivo. Nem preciso falar sobre escrever errado, não é mesmo?

Excesso de instabilidade: A época de se ficar décadas na mesma empresa passou, mas em contrapartida, ficar pulando de emprego em emprego também não transmite uma boa imagem. Um candidato que ficou menos de dois anos nos últimos três empregos pode ter suas chances reduzidas.

Atitude no contato: Esse é um dos motivos mais freqüentes pelos quais bons candidatos perdem oportunidades interessantes. Candidatos com ares de superioridade não são incomuns, assim como, atitude arrogante, agressiva, e, até mesmo, excesso de intimidade com o selecionador. Todas elas criam barreiras intransponíveis para a empatia. Aja naturalmente, de igual para igual que você terá mais chance de sucesso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário