sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Salários de profissionais técnicos aumentaram até 30% este ano

Por Andrea Giardino, da Computerworld

Crise foi uma palavra que esteve fora do vocabulário dos profissionais de TI que atuam em posições técnicas. O volume de vagas no setor cresceu entre 30% e 40% este ano em comparação a 2008, estima Daniel Schwebel, gerente da área de tecnologia da informação da Page Personnel, divisão de recrutamento da Michael Page e que atua em cargos de suporte à gerência.

O especialista acredita que o cenário reflete a demanda das organizações. “As companhias precisaram se adaptar à legislação, por conta do Sped Fiscal, e às normas contábeis, com a adoção do novo padrão de demonstrações financeiras para empresas brasileiras”, diz Schwebel. Ele cita ainda que, por conta disso, foram criados novos cargos, como o de consultor de implantação de Sped Fiscal e o de analista com foco em integração de área fiscal para o padrão IFRS (International Financial Reporting Standard).

Diante de um mercado aquecido, ao contrário de outros setores, houve um aumento de salários entre os profissionais de TI com perfil mais técnico. O crescimento ficou em torno de 20% a 30%, segundo o especialista, que espera a repetição desses índices em 2010.

Quanto aos cargos mais valorizados no próximo ano, o gerente cita que estão os profissionais ligados à internet, segurança da informação, business intelligence (BI), desenvolvimento em linguagens de programação Java e .Net.

Pesquisa realizada pela Page Personnel revela que um analista sênior de segurança da informação em empresa de médio porte - com faturamento 100 a 500 milhões de reais -, recebe cerca de 4, 5 mil reais por mês. Já um analista sênior de BI ganha 5 mil reais e a remuneração para os analistas de gerenciamento de mudanças chega a 5,5 mil reais.

“A função de analista de gerenciamento de mudanças é um exemplo dos novos cargos que passaram a ser criados para atender às necessidades das empresas”, explica Schwebel.

Outra movimentação percebida na indústria de TI, segundo o consultor, é a tendência das empresas contratarem profissionais em regime de CLT em vez de PJ (Pessoa Jurídica), como sempre aconteceu em alguns casos. “As empresas querem evitar problemas trabalhistas e o caminho é o da regulamentação”, afirma Schwebel.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Conheça o novo modelo de gestão empresarial: a Investigação Apreciativa

Por: Equipe InfoMoney

Trabalhar em equipe nem sempre é uma tarefa fácil. O profissional tem de estar preparado para lidar com diferentes tipos de pessoas, além de enfrentar e resolver problemas diários.

Para tentar solucionar estes conflitos, as empresas recorrem a diversos meios, como atividades em grupo e incentivos à comunicação.

Mas um novo método, nomeado de Investigação Apreciativa, se diferencia dos demais porque tem como foco principal promover mudanças por meio da valorização dos aspectos positivos dos colaboradores.

Novo método
De acordo com a consultora americana Jeannette Cabanis Brewin, a maioria dos métodos existentes tenta solucionar os problemas descobrindo a causa e a maneira como se estabelecem, enquanto seu estudo visa ao que está funcionando bem dentro das companhias.

"É um método positivo, enquanto os outros métodos focam no negativo. Isso ajuda os times a passarem a tempestade mostrando aos componentes o que eles têm em comum e como as suas visões são similares. Evita culpa e privilegia soluções. É um método que frequentemente orienta para inovação, pensando com criatividade a respeito dos problemas, ao invés de colocar uma atadura num processo fracassado", explica Jeannette.

O novo método será difundido nas empresas brasileiras pela consultora, durante o evento "Equipes de Projetos: Modelo Inovador e Novas Tendências", promovido pela Disnmore Associates.

Na prática
Como exemplo da aplicação do novo método, Jeannette explica o trabalho desenvolvido por ela na revista PMNetwork do PMI (Project Management Institute).

Como editora do veículo, ela comandava uma equipe com mais de 30 colaboradores e tinha problemas com orçamentos, prazos e fuso horários para produzir mais de 40 publicações por ano. Para tentar resolver os questionamentos, fez reunião de equipes e criou mapas de fluxo de trabalho.

Funcionários com problemas de comunicação foram colocados em pares para opinarem sobre questões como quais aspectos de seus trabalhos funcionavam bem, o que mais gostavam no lugar de trabalho e o que respeitavam no parceiro. Ela conversou também individualmente com cada um, para saber sobre visão da empresa em relação ao desafio e o que esperavam realizar.

O material foi gravado e usado como parte do processo de planejamento anual. O exercício foi finalizado com o comprometimento de cada um e o desafio para lembrar sentimentos positivos do dia que foram empregados.

De acordo com a consultora americana, o resultado foi o aperfeiçoamento do trabalho e a redução de conflitos.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O mundo corporativo está doente e as pessoas não podem mais ser elas mesmas

Por: Karin Sato
InfoMoney


Pensa-se muito antes de falar. Discordar do chefe? Nem pensar. Faltar ao trabalho para ir à reunião de pais também está fora de cogitação. O sacrifício em nome dos resultados e das metas da empresa sempre vale a pena, mesmo que isso envolva a família, os amigos e a saúde. Férias de 30 dias? Insanidade. Como a equipe vai sobreviver? O descanso deve ser picado ao longo do ano. Já o celular corporativo nunca pode ser desligado. E se o cliente ligar da Europa? No mundo globalizado, é necessário se adaptar a todos os fusos horários.

Verifica-se que não é mais permitido ser simplesmente você mesmo. Existem hoje cursos para se sair bem em entrevistas de emprego. As pessoas são treinadas para aparentarem super profissionais, de forma que comparecem a processos seletivos com respostas feitas e gestos pré-concebidos.

Mundo doente
Alguém já parou para pensar nos sacrifícios que estão sendo feitos pelo ser humano, em nome do emprego? "O mundo corporativo está doente", garante a psicanalista e diretora executiva da Lens & Minarelli, Mariá Giuliese, autora do livro "Será mesmo que você nasceu para ser empregado? - O mal estar no mundo corporativo", publicado pela Editora Gente.

Mariá lembra que o mercado de trabalho está cada vez mais desorganizado, focado predominantemente em resultados, metas e lucro. As questões humanas estão sendo abandonadas, aos poucos. "Existe uma competitividade dentro das empresas e também fora delas, no mercado de trabalho", diz. "Exige-se que as pessoas estejam sempre superando seus limites, sempre fazendo mais e melhor. Mas todos têm limites. É como se houvesse uma negação da questão humana. Isso causa sofrimento. O funcionário adoece e, com o tempo, a própria empresa adoece".

Segundo ela, quando a empresa fica "doente", acaba perdendo seus melhores talentos. "Somente depois dessas perdas, as organizações começam a fazer um esforço enorme para reter as pessoas. E esse grande esforço envolve estratégias de manipulação e sedução dos profissionais, no lugar de dar as condições reais para que estes se desenvolvam. O resultado é que a empresa perde produtividade e lucro".

Profissionais descrentes
Para Mariá, um dos principais problemas, atualmente, são os belos discursos das organizações, cada vez mais distantes da realidade. Mas as promessas são capazes de encher os funcionários de esperança. Surgem então as frustrações, os desapontamentos, e os discursos caem no vazio, a ponto de ninguém mais acreditar neles.

"Por exemplo, muitas empresas afirmam que acolhem e incentivam a diversidade. Mas, quando um funcionário diz algo que contraria seu gestor, ou mostra uma maneira diferente de ver as coisas, acaba sendo punido (de forma escancarada ou não). No fundo, as empresas preferem que todo mundo seja igual e pense igual, que todos funcionem da mesma forma e aceitem as concepções do principal executivo. As pessoas podem não aceitar tudo, mas espera-se que elas não demonstrem essa não-aceitação de forma contundente. É preciso obedecer", analisa.

A expectativa do outro
O mundo corporativo de hoje valoriza os profissionais com habilidades políticas. Não raro, as competências técnicas são deixadas de lado. Isso dá vazão à falsidade. Os profissionais correm o risco de perder sua identidade? Alguns podem estar indo por este caminho, já que, segundo a diretora da Lens & Minarelli, no trabalho, é evidente o esforço das pessoas para atender as expectativas de segundos ou terceiros, e não as suas próprias. "Por medo de perder o emprego, elas sentem a necessidade de atender os desejos dos outros e, se não o fazem, acabam excluídas pelo próprio grupo".

A avaliação de desempenho é um dos mecanismos que levam os profissionais a, conscientemente ou não, se esforçarem para atender a expectativa alheia. "É também uma ferramenta usada para manipular, tirar da frente quem incomoda e valorizar os que entram nas regras do jogo".

Essa seleção um tanto quanto darwinista começa já no processo seletivo, quando os gestores fazem um desenho do profissional desejado. "Eles esperam que o contratado seja de determinada universidade e tenha determinados conhecimentos e experiências, entre outras características", explica.

Dá para viver assim?
Quanto tempo uma pessoa suporta tamanha pressão? Quanto tempo ela consegue esconder sua verdadeira personalidade? Mariá não tem uma resposta, mas afirma que somente é possível sobreviver no mundo corporativo se as renúncias feitas pelos profissionais, em nome do emprego, não forem vitais a eles. "Creio que não dê para renunciar totalmente seu jeito de ser durante muito tempo".

A solução, em sua opinião, passa pela conscientização dos líderes. "Se a empresa começar a funcionar de acordo com seu discurso, já é meio caminho andado, porque os discursos são sempre bonitos. Além disso, os funcionários não podem ser punidos por expor ideias discordantes", afirma. "As organizações precisam ainda aprender a explorar o que cada um tem de melhor, no lugar de exigir o que as pessoas não têm. Não há nada mais cruel para o ser humano do que pretender dele algo que não possa dar. Cada um tem suas competências, vocações e interesses. Respeitando isso, haverá menos gente "doente" nas empresas".

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ponha um tubarão no seu tanque!

Desconheço a autoria e a autenticidade de exemplo, mas vale a leitura!
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Os japoneses sempre adoraram peixe fresco. Porém as águas perto do Japão não produzem muitos peixes há décadas. Assim, para alimentar a sua população, os japoneses aumentaram o tamanho dos navios pesqueiros e começaram a pescar mais longe do que nunca. Quanto mais longe os pescadores iam, mais tempo levava para o peixe chegar. Se a viagem de volta levasse mais do que alguns dias, o peixe já não era mais fresco.

E os japoneses não gostaram do sabor destes peixes. Para resolver este problema as empresas de pesca instalaram congeladores em seus barcos. Eles pescavam e congelavam os peixes em alto-mar. Os congeladores permitiram que os pesqueiros fossem mais longe e ficassem em alto mar por muito mais tempo. Entretanto, os japoneses conseguiram notar a diferença entre peixe fresco e peixe congelado e, é claro, eles não gostaram do peixe congelado. Entretanto, o peixe congelado tornou os preços mais baixos. Então as empresas de pesca instalaram tanques de peixe nos navios pesqueiros. Eles podiam pescar e enfiar esses peixes nos tanques, "como sardinhas". Depois de certo tempo, pela falta de espaço, eles paravam de se debater e não se moviam mais. Eles chegavam cansados e abatidos, porém, vivos.

Infelizmente, os japoneses ainda podiam notar a diferença do gosto. Por não se mexerem por dias, os peixes perdiam o gosto de frescor. Os japoneses preferiam o gosto de peixe fresco e não o gosto de peixe apático. Então, como os japoneses resolveram este problema? Como eles conseguiram trazer ao Japão peixes com gosto de puro frescor?

Se você estivesse dando consultoria para a empresa de pesca, o que você recomendaria?

Quando as pessoas atingem seus objetivos tais como começar com sucesso numa empresa nova, pagar todas suas dívidas ou o que quer que seja, elas podem perder as suas paixões . Elas podem começar a pensar que não precisam mais trabalhar tanto, então relaxam. Elas passam pelo mesmo problema que os ganhadores de loteria que gastam todo seu dinheiro, o mesmo problema de herdeiros que nunca crescem e de donas de casa, entediadas, que ficam dependentes de remédios de tarja preta.

Para esses problemas, inclusive no caso dos peixes dos japoneses, a solução é bem simples. L. Ron Hubbard observou no começo dos anos 50: "o homem progride, estranhamente, somente perante um ambiente desafiador".

Quanto mais inteligente, persistente e competitivo você é, mais você gosta de um bom problema.

Se seus desafios estão de um tamanho correto e você consegue, passo a passo, conquistar esses desafios, você fica muito feliz. Você pensa em seus desafios e se sente com mais energia. Você fica excitado em tentar novas soluções. Você se diverte. Você fica vivo!

Para conservar o gosto de peixe fresco, as empresas de pesca japonesas ainda colocam os peixes dentro de tanques. Mas, eles também adicionam um pequeno tubarão em cada tanque. O tubarão come alguns peixes, mas a maioria dos peixes chega "muito vivo". Os peixes são desafiados.

Portanto, ao invés de evitar desafios, encare-os. Massacre-os! Curta o jogo! Se seus desafios são muito grandes e numerosos, não desista. Se reorganize! Busque mais determinação, mais conhecimento e mais ajuda. Mude a forma de resolver seus desafios. Reinvente-se!

Se você alcançou seus objetivos, coloque objetivos maiores. Uma vez que suas necessidades pessoais ou familiares forem atingidas, vá de encontro aos objetivos do seu grupo, da sociedade e até mesmo da humanidade. Crie seu sucesso pessoal e não se acomode nele. Você tem recursos, habilidades e destrezas para fazer diferença.

Então, “ponha um tubarão no seu tanque” e veja quão longe você realmente pode chegar!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Especial carreira: dicas que valem contratação

por Tagil Oliveira Ramos

Aperfeiçoe seu inglês. Este conselho serve para todos os níveis profissionais que trabalham em TI ou telecom: "Quanto mais você estiver fluente neste idioma, mais chances terá de conquistar um emprego melhor", diz Ana Paula Mendes Oliveira, consultora de recrutamento e seleção da Ricardo Xavier (ex-Manager).

Fora essa recomendação geral, todas as outras dicas dependem diretamente do nível do candidato. Para ajudar os profissionais nesta empreitada, IT Web convidou Ana Paula a dar conselhos. Confira.

Níveis júnior e trainne
Defina o quanto antes a sua área de atuação e concentre sua formação nela. É muito comum os novos entrarem na área de suporte, por exemplo. Mas quem tiver talento ou preferência por programação deve buscar fazer cursos e pleitear cargos nesta direção.

Profissionais pleno ou sênior
Se o que você gosta de colocar a mão na massa e vai para o lado operacional, mantenha-se atualizado com as últimas tecnologias que estão sendo usadas pelo mercado. E atente-se: se quiser dar um salto na carreira, nem sempre mais especializações vão te levar lá. Neste caso, a ascensão vai no sentido da liderança. Esforce-se para se envolver em projetos multidisciplinares envolvendo várias áreas. Um curso de liderança não está fora de cogitação e pode abrir portas, mas é preciso ser muito discreto para não atrair atenções indevidas.

Supervisores, coordenadores e gerentes
O interessante para este nível de profissionais é buscar competências comportamentais. Procure gerenciar equipes maiores e com mais diversidade. Transforme-se num líder imprescindível. Seja mais assertivo e busque realmente comandar suas equipes, de uma maneira produtiva e dinâmica. Um curso de liderança pode suprir falhas na formação.

Buscando oportunidades

Mapear suas qualidades e pontos fracos faz parte da maturidade. Esta ação pode ajudar a ganhar batalhas. O famoso general chinês Sun Tzu recomendava cerca de 2,5 mil anos atrás: "concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças". O conselho continua válido.

Veja abaixo, cinco dicas elaboradas pela agência Talengy, especializa em TI e telecom, especialmente para o IT Web.

Sem máscaras: você e o mercado

1. Faça uma análise Swot da sua trajetória profissional. Este tipo de avaliação é muito usada para desenhar o cenário e a atuação de uma corporação. Mas nada impede que seja aplicada à sua carreira. O termo Swot vem inglês. É acrônimo de strengths (forças), weaknesses (fraquezas), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças).

2. Identifique as empresas potenciais de acordo com seu perfil, valores e segmento de atuação. Liste fornecedores de tecnologia e hardware, empresas de software, consultorias, empresas de telecom, parceiros, integradores e indústrias.

3. Analise se seu perfil tem aderência a essas empresas. Dê uma resposta elaborada para a pergunta: sua experiência pode agregar aos negócios daquelas empresas?

4. Se a resposta for sim, é hora de entrar nos sites de carreira das empresas selecionadas ou nas principais consultorias de recrutamento e seleção para buscar oportunidades em aberto.

5. Lembre-se de que é importante manter o currículo atualizado em português e também uma versão em inglês (para eventuais contatos com empresas internacionais).

Fonte: Talengy